25 de julho de 2009

Ensinamentos que não se esquecem jamais

Não sei se por ser a temporona ou pela minha personalidade forte, sempre tive muitos privilégios, batia o pé e quando queria alguma coisa ganhava. Aí pelos meus 12 anos, o meu pai me ensinou uma grande lição, que nunca mais esqueci.
Queria chinelos havaianas novos, mas o meu ainda estava bom para usar. O que fiz foi pegar uma tesoura e cortar a tira. Mostrando ao pai exclamei: "Olha pai,meu chinelo quebrou!". Ele olhou e disse: "Essa tira não quebrou, tu cortou com alguma coisa. Agora pega um prego para segurar a tira e arruma esse chinelo, porque outro tu não vai ganhar." Eu tive que usar o chinelo com o prego até ficar gasto.
Conto isso, porque foi a grande lição que meu pai me ensinou. Temos que cuidar muito bem do nosso ganha pão.
Após esse episódio, com mais ou menos 13 anos, comecei a ajudar na loja à tarde, fazia serviço de banco, caixa e outras tarefas no escritório, até 1989, quando terminei a faculdade. Após esta data, estava na loja em tempo integral, e já ficava olhando e prestando atenção quando o Nereu fazia as compras de calçados. Em 1994 fui dar aulas de Educação Física, lecionei por quatro anos, foi quando começamos a informatizar a loja. Assumi essa parte e deixei as aulas.
Sinto-me totalmente realizada porque faço o que gosto, e amo o que faço. Só tenho a agradecer as lições que meu pai me ensinou.Mantenho e multiplico o que meu pai construiu e deixou de herança: consciência, determinação e trabalho

Polyana Roberta Bertozzi - diretora da Casa Bertozzi de Lajeado

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