25 de julho de 2009

Experiências e emoções

Minha relação com a Casa Bertozzi data de 03 de novembro de 1982, quando comecei a trabalhar no Bom Preço, filial situada na Júlio de Castilhos, onde se vendia produtos mais populares e pontas de estoque da matriz. Atendíamos muito o pessoal do interior, lá aprendi a vender as botas Sete Léguas, as camisas Volta ao Mundo, e roupa íntima de "Ban lon" entre outras.
Foi uma experiência boa, lá trabalhei com a Vera Nardino e Arlete Toldo, duas companheiras muito queridas por mim. Não posso deixar de falar do meu querido chefe e sogro Reinoldo Bertozzi que todos os dias pela manhã vinha "bater o ponto", contar causos, pegar o jornal, falar de política e com um velho ritual, abrir o velho cofre onde guardava alguns pertences, como jornais, dinheiro antigo e coisas que lhe traziam lembranças.Depois de pronunciar o seu "iet,iet,iet", sua marca registrada (e que não queria dizer coisa alguma), e a circular pelo centro da cidade e sentar no banco dos aposentados, na subida da igreja matriz.Lá se encontrava com Lino de Nes, Hugo Peretti, Bertholdo Dewes, Sétimo Sangalli e outros da mesma faixa etária. Por vezes as vozes se inflamavam e se alternavam com risadas, que dava para se escutar do Bom Preço.
Com o fechamento do Bom Preço, comecei a trabalhar na Matriz, onde fazia vitrines, observava o atendimento, cuidava da reposição de mercadorias, etc.
Esses anos na Casa Bertozzi me trouxeram muita experiência e gosto pelo que faço, claro que às vezes estressa, mas a gente se diverte também. No comércio ocorrem coisas bem pitorescas, como um caso que ocorreu e que nos fez rir muito: Uma cliente se dirigiu ao provador com algumas peças de roupa, e após algum tempo, a funcionária perguntou se ela precisava de alguma ajuda. A resposta da cliente foi a seguinte: "Saí da minha cidade para outra, onde não conheço ninguém, para não ter que conversar com ninguém, então me deixa em paz." A balconista ficou pasma, mas depois de passado o susto, rimos muito. E tem também a história de outro cliente que saiu do provador vestindo apenas cueca, e com a maior naturalidade pediu à funcionária se ela tinha achado "a calça de tamanho maior".
No comércio, ocorrem situações inesperadas, são tantos casos, tantas experiências, tantas emoções. E isso é trabalhar com pessoas
Rosa Amélia Bertozzi

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