
29 de julho de 2009
Parrocchia di Poviglio
1848 il giorno 22 di aprile
Io ho batezzatto un infante all´ora 11 di mattina del sabato santo, nato alle ore 3 da Angelo Bertozzi e Lucia Bonmezzadri Coningi da questa parrocchia, che é stato chiamato Sante.
La madrina fu Maria Mainini figlia di Angelo da questa parrocchia.
Io Giuseppe Antonio Ariva Arciprete
Irmãos do imigrante Sante Bertozzi, todos nascidos em Poviglio- Província de Regio Emília
1. Maria Filotéa Bertozzi , nascida em 06/06/1844
2. Sante Bertozzi, nascido em 22/04/1848
3. Veneranda Bertozzi, nascida em 29/05/1850
4. Eugenio Bertozzi, nascido 10/05/1855
5. Achille Bertozzi, nascido em 16/05/1858
6. Emilia Bertozzi, nascida em 20/04/1861
7. Callisto Virginio Bertozzi, nascido em 15/03/1863
8. Maria Eugenia Bertozzi, nascida em 19/01/1865
Todos filhos de Angelo Bertozzi e Lucia Bonmezzadri
Pais de Sante Bertozzi
Bertozzi Angelo, filho de Giovanni Bertozzi e Geltrude Bocchi, que casaram em Poviglio dia 23/11/1841
Bonmezzadri Lucia, filha de Antonio e Maria Mainini
Bertozzi Giovanni, filho de Andrea Bertozzi e Pia Luigia, que casaram em Poviglio em 15/04/1820
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Questionamento de italianos diante do Ministro ao partirem da Itália em grande número, demonstrando o porquê da emigração em massa.
"Que coisa entendeis por uma nação, Senhor Ministro?
é a massa dos infelizes?
Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco.
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho.
Criamos animais, mas não comemos a carne.
Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa pátria?
Mas é uma pátria a terra em que não se consegue viver do próprio trabalho?"
A chegada dos imigrantes italianos ao Brasil
Foram cerca de 900 mil italianos entre 1886 e 1900. Os primeiros colonos italianos a chegarem a partir de 1875, procedentes do Tirol e de Veneto, eram pequenos agricultores trazidos com a intenção clara de colonizar terras devolutas do sul do país. Devido a esta política de colonização, os italianos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tornaram-se pequenos proprietários e puderam trabalhar livremente, formando colônias que mais tarde se tornaram vilas e cidades.
A crise pela qual a Itália passava mobilizava os operários e agricultores a procurar trabalho em outras regiões. O empobrecimento do camponês italiano do sul, devido à guerra pela Unificação do Estado Italiano (1860/70) e a nascente indústria que não conseguia assimilar o contingente de trabalhadores desempregados, facilitaram o serviço das companhias que arregimentavam trabalhadores em nome do Governo Imperial do Brasil.
No início as viagens eram feitas à vela e duravam cerca de 60 dias dependendo das condições climáticas. Já a bordo de navios a vapor, a viagem durava em média 36 dias. Os imigrantes alojados em porões, ficavam à mercê de doenças contagiosas, havendo muitos óbitos durante o percurso.
Para receber o imigrante, em 1882 foi criada a hospedaria no bairro do Bom Retiro. Devido a problemas de epidemia e pouco espaço, foi inaugurada em
única vez. O imigrante chegava principalmente pelo Porto de Santos e subia a serra nos trens da São Paulo Railway, desembarcado na estação da própria hospedaria. Era lá que,enquanto não celebravam seu contrato de trabalho,os imigrantes recebiam alojamento,assistência medica e alimentação.
No decorrer dos anos, houveram sucessos e também fracassos nos núcleos italianos de povoamento. No Rio Grande do Sul, por exemplo, houve casos de colônias muito bem sucedidas como as que originaram as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul. Já
No Espírito Santo houve forte presença do imigrante italiano de 1870 ate 1920. Na Colônia de Demetrio Ribeiro,os lotes foram demarcados em terra fértil e a iniciativa prosperou.
No Paraná, as colônias próximas a Curitiba foram bem sucedidas. Lá era possível escoar a produção de alimentos e trabalhar na construção de ferrovias (Paranaguá-Curitiba e Curitiba-Ponta Grossa).Foram do Paraná que vieram algumas das informações sobre Sante Bertozzi,o antepassado italiano que deu inicio a formação da família Bertozzi em Encantado.
Exemplo de listagem de pessoas, por família, encontrada no navio que aportava no Brasil. FAMÍLIA BERTOZZI
nome | Ano | Nacionalidade | ||
BERTOZZI | CHEFE | 3/3/1897 | ITALIANA | |
BERTOZZI | SOZINHO | 12/3/1892 | ITALIANA | |
BERTOZZI | CHEFE | 1/31/1897 | ITALIANOS | |
BERTOZZI | NÃO CONSTA | 3/18/1888 | ITALIANA | |
BERTOZZI | - | 8/25/1885 | ITALIA | |
BERTOZZI | CHEFE | 11/11/1904 | ITALIANA | |
BERTOZZI | NÃO CONSTA | 2/7/1888 | ITALIANA | |
BERTOZZI | CHEFE | 4/11/1895 | ITALIANOS | |
BERTOZZI | SOZINHO | 3/3/1889 | ITALIANA | |
BERTOZZI | SOZINHO | 10/13/1891 | NÃO CONSTA | |
BERTOZZI | CHEFE | 7/23/1896 | ITALIA | |
BERTOZZI | CHEFE | 8/14/1894 | ITALIANO | |
BERTOZZI | CHEFE | 11/7/1904 | ITALIANA | |
BERTOZZI | - | 2/2/1893 | ITALIANOS | |
BERTOZZI | SOZINHO | 10/7/1888 | ITALIANA | |
BERTOZZI | - | 1/15/1883 | ITALIA | |
BERTOZZI | SOZINHO | 3/7/1888 | ITALIANA | |
BERTOZZI | CHEFE | 5/10/1893 | ITALIANOS | |
BERTOZZI | MARIDO | 1/17/1890 | ITALIANA | |
BERTOZZI | MÃE | 6/18/1891 | ITALIANA | |
BERTOZZI | CHEFE | 4/8/1912 | ITALIANA | |
BERTOZZI | CHEFE | 7/3/1896 | ITALIA | |
BERTOZZI | SOZINHO | 7/23/1890 | ITALIANA | |
BERTOZZI | MULHER | 9/2/1901 | ITALIANA | |
GIÁCOMO | BERTOZZI | CHEFE | 49 anos | ITALIANO |
ERMENEGILDO | BERTOZZI | FILHO | 17 ANOS | ITALIANO |
LUIGIA | BERTOZZI | FILHA | 15 ANOS | ITALIANA |
ATTILIO | BERTOZZI | FILHO | 14 ANOS | ITALIANO |
BENIAMINO | BERTOZZI | FILHO | 12 ANOS | ITALIANO |
MARIA | BERTOZZI | FILHA | 9 ANOS | ITALIANA |
MATILDE | BERTOZZI | FILHA | 8 ANOS | ITALIANA |
TEREZA | BERTOZZI | FILHA | 7 ANOS | ITALIANA |
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Imigração italiana para o Brasil (1876-1920) | |||
Região de Origem | Número de Imigrantes | Região de Origem | Número de Imigrantes |
365.710 | 44.390 | ||
166.080 | 40.336 | ||
113.155 | 34.833 | ||
105.973 | 25.074 | ||
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A luta por uma identidade italiana (italianitá), foi uma batalha que os imigrantes, e seus descendentes, tiveram que travar em terras brasileiras. Nesta luta, teve importância a política do governo de Mussolini que buscava resgatar um sentimento de orgulho "de ser italiano" fora da Itália. Este foi um período em que a questão da italianitá teve um caráter político, com a adesão de muitos imigrantes e descendentes, ao fascismo.
Para tanto, a escola era fundamental, sendo igualmente um lugar para se aprender corretamente o português.
Mas ter escolas não era fácil: não havia oferta do governo e, mais que isto, não havia demanda dos imigrantes. Isto ocorria, porque, quer nas fazendas de café, quer nos núcleos coloniais ou nas cidades, todos trabalhavam, restando pouca possibilidade para o encaminhamento de crianças à escola.